O Almilar é um aparelho de navegação, ou orientação do tempo/data. Confeccionado em latão envelhecido, altura de 130mm, base de madeira envernizada. Peça rara. Com a posição do sol, ou das estrelas os povos antigos conseguiam determinar localizações e tempo. Veja depois das fotos algumas considerações. ALTURA 13 CM ARO EXTERNO HORIZONTAL 9,2 CM PROPORÇÕES= GLOBO INTERNO O QUE GIRA - 56MM, VEJA QUE TEM OUTRO ARO DEPOIS DESTE MENOR DIAMETRO DA BASE DE MADEIRA 8,2 CM. O instrumento que funciona como um almanaque náutico, usa o sol do meio dia como referência das estrelas que surgem e se põem no horizonte durante o entardecer e alvorecer e uma vez, conferindo a altura do sol com a latitude pela estrela polar era possível saber a data aproximada. No limbo de umas armilas existiam as marcações em grau da declinação das estrelas fixas o que permitia ao navegador conhecer as efemérides astronómicas sem consultar um almanaque náutico de hoje sem falar que contavam com a previsão por estimativa do azimute das estrelas que nasciam e se punham no horizonte. A esfera armilar que tinha por finalidade projetar os planos de inclinação de um observador nas coordenadas da esfera superior podia ser usada também para interpolar as horas diretamente segundo a posição da Ursa Menor, deveria então o instrumento ser usado à noite, fixo a um altar no cume das elevações para que pudessem ver o polo celeste, a observação era acompanhada por um recital semelhante a uma reza. A inclinação do eixo do instrumento deve ser igual à latitude local, ou seja, paralela ao prolongamento do eixo da terra na direção do polo celeste. Durante esse processo, os observadores recitavam um tipo de "versos mnemónicos" escritos numa tábua, que era lido durante as observações um similar ao Regimento de Évora cantado em aramaico, despertava a atenção de místicos e gnósticos e daqueles que acreditavam na criação do mundo ao mesmo tempo em que confundia a concepção astrogénica dessas escolas por ter sido introduzida no ocidente pelas mãos dos mouros, o microcosmo apresentou-se então aos olhos da Santa inquisição como um instrumento do mal, possuidor de poderes sobrenaturais, que contestava a criação do mundo, devendo o seu uso ser proibido aos cristãos. Daí sua presença marcante nas mãos de ordens secretas que também acabaram por acrescentar simbolicamente um planeta terra no centro de todas as armilas tornando seu uso impraticável (possivelmente para atender a igreja) e conforme mais tarde pode se ver em símbolos, no brasão de Portugal ou nas bandeiras do Brasil monárquico.