Em , o Rio de Janeiro estava prestes a ser invadido pelos franceses, representados pela temível esquadra de Jean-François Duclerc. O então governador fluminense, Francisco de Castro Morais, tomou imediatamente a decisão que considerava mais sensata: trancou-se em casa e deixou a segurança da cidade oficialmente nas mãos de Santo Antônio, nomeado o novo Capitão de Infantaria. Vencidos os franceses, o mérito do santo foi de fato reconhecido, e ele teve direito a soldo, pago ao convento que leva seu nome. A despeito dos tons anedóticos, essa história - inteiramente verídica - permite entrever uma característica por vezes negligenciada na memória do Rio de Janeiro: o papel que teve na sua cultura e sociedade, o complexo arquitetônico convento e igreja de Santo Antônio e igreja da Ordem Terceira de São Francisco da Penitência,situados no atual Largo da Carioca. Uma influência que finalmente ganha um registro à altura, com a publicação do livro Memória da Arte Franciscana na Cidade do Rio de Janeiro.